sexta-feira, 17 de abril de 2009

Pétalas de outono...

Às vezes tenho a sensação de que minha força de vontade (minha personalidade, diria) foi enterrada junto ao corpo do Anderson. Deixei minhas certezas irem junto. E agora eu deixo as decisões sempre na espera da aprovação alheia. Entende que a coisa mais importante da minha historia com o Anderson foi minha coragem de superar desafios? Entende que não permiti medos e incertezas infiltrarem nas paredes do meu amor por ele?Sabe o que acontece agora? Sempre me pego defendendo minha historia como se precisasse disso. Sempre me pego me sentindo violentada pela certeza das pessoas de que tudo que sinto tem relação direta com o Anderson. Há tanto tempo deixei que ele se fosse... Mas algo dele ficou em mim e querem que eu arranque isso com uma pinça! Como se fosse um espinho... não entendem que o que ficou em mim foi a ferida em fase de cicatrização de um espinho colocado pela morte. Porque tanta dificuldade das pessoas entenderam que AMOR é diferente de DOR? Porque não posso agir com naturalidade ao falar do meu passado? Porque sinto tanta pena no olhar das pessoas? E pior... Porque me deixo cutucar por esses olhares? Eu não preciso de pena. Porque precisaria se faço parte de um número raro de pessoas que vivenciaram um amor puro? Estou tão cansada de ter que argumentar que tenho direito de falar sobre ele... Estou ainda mais cansada de ter que engoli-lo a seco a cada lembrança bonita porque as pessoas se ofendem com o que elas próprias acreditam ser o fantasma dele. Preciso resgatar a alegria desse encontro. Preciso neutralizar a descrença desse mundo em relação ao amor e a morte. Nem morrer nem amar doem!

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