sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Primavera com cara de outono.
Existem datas que marcam as nossas vidas. Não por suas recorrências, mas por seus significados.
um dia desses descobri que nem todas datas comemorativas são festejáveis. Hoje talvez seja uma delas.
Ah... Há exatamente 4 anos, eu estava fritando na cama contando os segundos para correr para um avião. Conferi mil vezes a mala. Escolhi de antemão a maquiagem, as roupas, o sapato. Conferi os documentos, o dinheiro e tudo o mais para uma viagem tranquila. Eu nunca senti tanta vontade de entrar em um avião. A viagem era um segredo de família. Para que contar aos outros o que a louca aqui faria, não é mesmo?
Segui.
Era o rumo mais certo que poderia escolher. O mais iluminado. O mais amoroso da minha vida.
Reencontrei meu amor em nosso primeiro encontro.
Não conhecia a palavra medo. Não imaginaria que existiria a palavra morte.
Nunca consegui vê-lo careca, pálido ou com cicatrizes. Eu enxergava um outro homem.. O homem real...
Eu enxergava o meu amor.
São 4 anos... Anos dóidos. Anos alegres. Anos sadios.
São 4 anos com ele. São 4 anos de amor incondicional, como já dizia o dicionário dele de 1989. Tá... Ele nunca compreendeu que amar significava lembrar a data do dicionário preferido do ser amado.
Meu amor sempre foi culto e o dicionário era seu companheiro inseparável. Como não lembraria, meu querido?
Saudade dói, mas não mata.
Há 4 anos eu fui apresentada também às palavras saudade e morte. Mas isso fica para o mês de junho.
Hoje quero falar do significado do amor.
A gente chama de amor aquele que mata a morte e consegue sobreviver à saudade.
Hoje é nosso aniversário, meu bem. Sinto saudade, mas tenho absoluta certeza de que as nossas linhas paralelas se encontrarão no infinito.
Tua sempre,
Nena.
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